
Ser
um(a) bom(boa) educador(a) social de rua não é para
qualquer um(a). É necessário antes de tudo ter algo
que eu chamo de disposição interna, mas o destino,
para quem acredita, também se encarrega de nos colocar num
caminho que praticamente não tem volta. Isto aconteceu comigo.
Eu nem imaginava trabalhar com crianças e adolescentes em
situação de risco, mas por conta de uma reviravolta
em minha vida cai nesta "profissão educador" e
tenho dúvidas se sairei dela. São
muitas as decepções, temos que ouvir que criança
é prioridade, engolir prefeitos ganhando Prêmios Amigo
da Criança... Gostaria de saber até quando o Estado
vai brincar de cuidar. A responsabilidade é de todos nós,
agora quem é que está lá na ponta dando a cara
a tapa? Os educadores sociais de rua, que não são
superheróis e nem mágicos para resolver questões
que não estão em seu alcance. Mas
o que ainda me dá folego é saber que as crianças
e os adolescentes não são ladrões e nem drogados,
são sujeitos em condição peculiar de desenvolvimento,
que tiveram os seus direitos negados e cabe a nós educadores
lutarmos para o cumprimento do ECA.
Setembro 2000
Gislene Morais dos
Santos Educadora Social de Rua do Projeto Meninos e Meninas
de Rua de São Bernardo do Campo |
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