Mário Deganelli

AUTOBIOGRAFIA (D) LÍRICA DE
UM EDUCADOR QUALQUER

Ah! Se algum dia chegasse o tempo em que de profissão me transformasse em vida!
... fora assim de outra vez ...
O garoto que mal-abraçava era exemplo-centro-afetador;
da época que nem era pai, quem dirá educador.
E mesmo assim educava!
Sorria, se intimidava
e de tão autêntico foi autenticado, protocolado, fez escola e eticetera e tal,
E de tanto que viu miséria um dia meteu nela seu bedelho.
Esgoelou-se de gritar e não foi o único. Envaidou-se, encontrou sua turma: - Gente da "liga-da-justiça", super-heróis da resistência,
Gente daquela que pega a história, rasga uma brecha, entra e a modifica,
Gente que mostra pra nossa gente como é que se grita o sufoco,
Que saca que aquela história, daquele garoto, "lá de outra vez",
era só o começo...
 

Abr/2000.

Mário Deganelli
educador do Projeto Quixote

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