
É NECESSÁRIO
APOSTAR
Na
vida há um tempo para tudo, inclusive um tempo para ensinar
e educar. Educar é uma tarefa difícil, onde as vicissitudes
da vida - pobreza, morte, frustações, tristezas, separações...
- aparecem a todos. Diante do possível e impossível,
cabe a cada um se responsabilizar por seus atos. O
educador, como todo adulto, seja dentro de sua casa, na rua, na
escola ou em qualquer outro lugar, é o responsável
direto ou indireto pela formação de cada ser humano.
A condição de humano nos inclui num conjunto de conhecimentos
transmitidos de geraçãoà geração,
inscrevendo-nos numa filiação, onde mesmo antes da
concepção do bebê, constituim-se marcas, registros
simbólicos pertencentes à família, ao casal,
à cultura na qual se está inserido. Ou seja, marcas
de pertinência e de identificação. Mesmo
que um bebê não tenha nenhum problema físico-biológico,
ele precisa de um adulto que venha APOSTAR que ele pode aprender
a andar, falar, brincar, ler e assim por diante. No
geral, observa-se um grande número de demandas por parte
dos adultos para com as crianças e adolescentes. Mas, mesmo
que tenha havido o tempo de ensinar, será que houve o APOSTAR?
Cabe-nos interrogar se, ao demandar, também há uma
aposta de que é possível essa criança ou adolescente
responder. Antes da demanda, é estritamente importante verificarmos
à qual lugar já designamos esse sujeito.
Jan/2001
Rose Rossetti Miranda
Psicanalista |
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